A Gerdau Graphene e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) obtiveram no final de 2021, o primeiro lugar na Chamada Pública para Estruturação de Centros de Tecnologia e Inovação Aplicadas em Materiais Avançados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e da Finep — Financiadora de Estudos e Projetos. O projeto prevê a criação e operação de um centro de pesquisa de grafeno.
Inaugurado no final de fevereiro de 2022, o Centro de Materiais Avançados em Grafeno e Novas Aplicações Tecnológicas (CIGraph) irá encaminhar as pesquisas principalmente com foco no desenvolvimento de aplicações deste nanomaterial. Uma das formas cristalinas do carbono, o grafeno, quando de alta qualidade, costuma ser muito forte, leve, quase transparente, sendo ainda um excelente condutor de calor e eletricidade.
Como vai funcionar
O novo centro tecnológico, localizado dentro do campus do IPT em São Paulo, tem o objetivo de tornar realidade as aplicações de grafeno em processos industriais, aprimorando as pesquisas existentes e transformando em soluções viáveis. Com investimentos e gestão da Gerdau Graphene, do IPT e da Finep, o plano de negócios a curto prazo prevê, a cada seis meses, a entrega de um novo produto em concreto, óleos e graxas ou polímeros pronto para estar no mercado.
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O trabalho não será voltado exclusivamente para a Gerdau. A ideia é que as pesquisas forneçam meios (além de produtos de base) para aumentar a competitividade da indústria nacional no emprego do grafeno.
A Gerdau, com um importante player em desenvolvimento de novos materiais, já discutia a importância do grafeno como você pode ver aqui neste webinário sobre o assunto.
A Gerdau Graphene ainda fará investimentos próprios no campus do IPT, abrindo laboratórios proprietários de aplicação, qualidade e desenvolvimento.
“Esta iniciativa enquadra a empresa no IPT Open Experience, ambiente promotor de inovação criado pelo IPT que abriga em seu campus companhias interessadas em desenvolvimento tecnológico de alta densidade de conhecimento científico, a chamada HardScience”, declara o diretor executivo do programa, Alessandro Rizzato.
Profissionais
O centro conta com cerca de 50 profissionais, entre pesquisadores, bolsistas e técnicos, de diferentes áreas do conhecimento. O prazo de vigência da parceria é de 36 meses, com o plano de negócios prevendo entregas de produtos a curto, médio e longo prazos.
O CIGraph atuará especialmente nas áreas de óleos e graxas, concreto e polímeros, já que o uso do grafeno em combinação com esses materiais comprovadamente melhora as funcionalidades de resistência mecânica e térmica, assim como a capacidade de barreira a gases e a líquidos.
Este novo centro de pesquisa representa um marco no desenvolvimento de novas tecnologias e materiais e através dele o Brasil objetiva ser referência em produtos de grafeno em escala no país e no mundo.