A SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, acaba de iniciar uma nova fase para as viagens espaciais juntamente com a NASA. Mas o que foi preciso para chegar até aqui?
Algumas biografias certamente merecem permanecer na história. Elon Musk, novamente completou uma grande façanha na história: Lançou, em parceria entre sua empresa SpaceX e NASA, a primeira viagem tripulada saindo dos Estados Unidos, desde 2011.
Elon Musk, um empresário visionário, fundou a empresa Space Exploration Technologies, ou simplesmente SpaceX, em maio de 2002 com o objetivo de reduzir os custos de transporte espacial e permitir a colonização de Marte. A SpaceX desenvolveu desde então a família de veículos de lançamento Falcon e a família de nave espacial Dragon.
O primeiro pouso vertical da história
Um dos focos principais dos equipamentos da SpaceX, sempre foram os avanços tecnológicos. No dia 22 de Dezembro de 2015, a empresa conseguiu seu primeiro grande feito: pousou um foguete na vertical.
Este primeiro grande acerto foi o estopim para tornar missões espaciais economicamente mais viáveis, uma vez que a perda dos módulos dos projetos anteriores era dada como certa, ocasionando em investimentos bilionários a cada lançamento.
O segundo grande feito da SpaceX
No dia 30 de maio de 2020, a SpaceX em parceria com a NASA, realizou o lançamento da Demo-2 em um voo de teste. Esse evento é um marco histórico, pois é a primeira missão espacial tripulada em solo americano desde que a era do ônibus espacial terminou em 21 de julho de 2011. A missão será realizada pelos astronautas da NASA Robert Behnken e Douglas Hurley na espaçonave Crew Dragon, decolando em um foguete Falcon 9.
Como teste final de voo da SpaceX, essa missão validou o sistema de transporte da tripulação da empresa, incluindo a plataforma de lançamento, foguete, nave espacial e recursos operacionais.
Essa também foi a primeira vez que os astronautas da NASA testaram os sistemas de espaçonaves em órbita; a primeira vez na história que os astronautas atingiram a órbita baixa da Terra em um foguete e espaçonave fabricados comercialmente. É também a primeira vez em seus 18 anos de história em que a SpaceX lançou seres humanos no espaço.
Esse resultado só foi possível por com profundos estudos aliados a pesquisas envolvendo inovações tecnológicas, além, claro, das mentes focadas das equipes de diversos colaboradores e cientistas.
Desde o início da empresa, uma das inovações utilizadas para desenvolvimento de peças na SpaceX foi a impressão 3D. Segundo Elon Musk, A SpaceX está expandindo os limites do que a manufatura aditiva pode fazer no século XXI, tornando os veículos mais eficientes, confiáveis e robustos do que nunca.
A SpaceX começou a usar a tecnologia de impressão 3D em metal no hardware de voos espaciais em 2014. Em janeiro daquele ano, a empresa revelou que havia lançado seu foguete Falcon 9 com um corpo MOV (Main Oxidizer Valve) impresso em 3D em um dos nove motores Merlin 1D. Foi a primeira vez que a SpaceX voou em uma peça impressa em 3D em metal. A válvula funcionou corretamente com oxigênio líquido de alta pressão e foi capaz de suportar altas vibrações e temperaturas criogênicas.
Mas a SpaceX continuou a desenvolver outros projetos complexos de motores para naves espaciais usando impressão 3D. Em 2014, o propulsor Super Draco acabou por ser o primeiro motor de foguete totalmente impresso a ver o voo, pois passou a alimentar o sistema de escape de lançamento da sonda Dragon para permitir que o veículo aterrisse usando propulsão na Terra ou potencialmente em qualquer outro planeta com precisão exata.
Na época, e para reduzir custos e desperdícios, os engenheiros da SpaceX fabricaram inteiramente a câmara de combustão do motor de foguete com uma máquina de sinterização direta a laser de metal (DMLS) desenvolvida pela EOS, líder em manufatura aditiva metálica, usando uma superliga Inconel para garantir alto desempenho e resistência mecânica e resistência à fluência a altas temperaturas.
A empresa do Elon Musk revelou também que os trajes espaciais são feitos sob medida para cada passageiro a bordo do Crew Dragon para oferecer proteção contra despressurização. Além disso, eles incluem capacetes fabricados sob medida usando a tecnologia de impressão 3D e contêm válvulas integradas, mecanismos para retração e travamento da viseira, além de microfones na estrutura do capacete.
A SpaceX iniciou uma nova era para a corrida espacial e juntamente irá impulsionar as tecnologias de manufatura aditiva industrial. Olhando um futuro não tão distante, manter equipamentos de impressão 3D em estações espaciais ou até mesmo dentro de unidades de transporte pode ser a solução ideal para criar roupas personalizadas, peças funcionais e até mesmo alimentos para os astronautas.
E você, acredita que viajar ao espaço estará ao alcance de civis, ou que possamos iniciar novos desafios em outros planetas?