Recentemente a Mercedes Benz anunciou a venda de sua fábrica de Iracemápolis, no interior de São Paulo, para a chinesa Great Wall. Em comunicado, a marca alemã afirma que a gigante asiática adquiriu todo o complexo fabril, incluindo os equipamentos da linha de montagem.
A notícia põe um fim às incertezas que surgiram desde o fechamento da unidade, em dezembro do ano passado. Ainda haviam dúvidas se a fábrica, com capacidade instalada para 20 mil carros/ano, seria comprada por outra montadora. As unidades da Ford em São Bernardo do Campo (SP) e Horizonte (CE), por exemplo, não irão mais produzir automóveis.
A planta da marca alemã foi utilizada para produzir o sedã Classe C e o SUV compacto GLA no Brasil. Quando o SUV mudou de geração, a marca não confirmou o retorno da produção local e, em dezembro de 2020, encerrou a produção também do Classe C. Apesar disso, a Mercedes-Benz manterá o campo de provas que tem em Iracemápolis em parceria com a Bosch. O que acontece é que eram duas instalações separadas apesar de próximas, sendo que o campo de provas, hoje, é exclusivamente para o teste de veículos pesados, como ônibus e caminhões, da marca alemã. Em uma segunda fase do projeto, a Mercedes-Benz e a Bosch pretendem abrir o espaço para aluguel e testes de veículos e componentes, tanto …
A Great Wall irá transformar a planta na base para a produção de automóveis não só para o Brasil, mas também para o restante da América Latina. De acordo com a marca chinesa, a planta será entregue a eles até o final de 2021 e após atualizações terá capacidade fabril de 100 mil unidades por ano com a criação de 2 mil postos de trabalhos. Essa capacidade é cinco vezes maior que a instalada pela Mercedes. “Consideramos o Brasil um mercado estratégico no plano global de internacionalização. Dentro deste plano, nos dedicamos a estudar as preferências dos consumidores locais e o desenvolvimento e mudanças do mercado automobilístico”, diz Liu Xiangshang, vice-presidente da Great Wall.
Referência: Site UOL